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Arquitetos: FGMF
- Área: 753 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Fran Parente
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Fabricantes: Adamakis, Casa Trópico, Decameron Design, Dpot, Dpot Objeto, Edel-Stein, Estúdio Paulo Alves, Etel, Excellent Esquadrias, Fernando Jaeger, Lumini, Mil Grau, Pair Home, Phenicia Concept, Pizzinatto, Studio de La Cruz, Tidelli, Tok&Stok, Vírgula Ovo , La Bottega
Descrição enviada pela equipe de projeto. A FGMF apresenta o seu novo projeto residencial: a Casa Brisa. Localizada em Campinas, no interior de São Paulo, a residência possui visual disruptivo criado a partir de soluções para conforto térmico e adaptadas à topografia local. O nome do projeto homenageia a ventilação leve e privilegiada, que reforça a agradável e refrescante sensação de seus jardins semi-internos existentes graças à arquitetura proposta.
Em meio ao isolamento relativo de seu lote, a Casa Brisa foi projetada a partir de um terreno com declive acentuado no qual, em direção a fachada de acesso, há uma área de mata preservada e uma ampla vista da região. Priorizando esta característica do terreno, os arquitetos optaram por desenvolver a base da residência na estrutura de um platô enterrado no nível inferior, onde estão distribuídas as áreas sociais internas e externas, com a entrada principal ao nível da rua. A decisão possibilitou uma arquitetura adequada à topografia local e maior privacidade às áreas sociais, enquanto no piso superior, parte das áreas íntimas aproveita a visão privilegiada em contato com a natureza.
A extensão linear do projeto tem a sala de estar principal como destaque. O ambiente com fechamento de vidro, localizado abaixo dos quartos e cercado pelos jardins inferiores, conta com paisagismo integrado, que a longo prazo terá arborização adensada, incrementando a sensação de privacidade e bem-estar dos residentes. Debruçadas sobre a piscina e o solário, no extremo norte do terreno, estão a cozinha, a sala de jantar e a área gourmet.
Um dos grandes diferenciais do projeto são as telhas brancas metálicas que revestem as áreas externas, atendendo a funcionalidade de proteção térmica e climática e criando um visual translúcido que remete a um conceito industrial. Alvenaria, caixilhos e venezianas compõem a primeira camada do projeto, enquanto na segunda, as telhas integram a cobertura, beiral, terraço, garagem e revestimento lateral, atuando como placas de isolamento e brises para controle de insolação. Os acabamentos mesclam tons orgânicos, cimento aparente e o branco da estrutura no piso superior.
Para o observador externo, ao longo do dia, os ângulos da casa remetem a um monólito flutuante de aço. Já a noite, com a iluminação artificial, esse monólito se desfaz e a casa surge diáfana, transparente, revelando seu interior e a primeira camada. Sobre a concepção da estrutura, Fernando Forte, sócio do escritório, comenta: “trata-se de uma investigação sobre o dentro e fora, o coberto e aberto, a união entre jardins e arquitetura de uma forma tranquila, utilizando materiais simples de forma não convencional”.